Placas V.A. – Aparelho Dentário para Fisioterapia por Cinesioterapia dos Músculos Mastigadores e Faciais. Traducción
al español a cargo de Jesús María Martínez
Gil Dr. Victor Manoel de Mendonça Abreu Sou
Cirurgião-dentista, radicado em Niterói- Brasil.Trato dos
Problemas de
maloclusão e sua conseqüências à articulação
temporomandibular e, durante meus anos de labor desenvolvi um aparelho
baseado nos aparelhos de Planas, de Cid Benac e de Maurício Vaz
Lima, ao qual chamo Placas V.A e que tem como função primordial
fortalecer a musculatura mastigatória, o que está provado
ser por demais útil para se evitar episódios de Mioespasmo
recorrente, e no tratamento da Mialgia Crônica Centralmente Mediada
onde após anos de episódios de dor, encontraremos variados
graus de atrofia muscular. |
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Consiste
em placas duplas simples, porém encapsulando todos os dentes das
duas arcadas, inclusive os anteriores, o que reduz sensivelmente as modificações
de posicionamento dentário passíveis de ocorrer com o uso
de outras aparatologias com adição das Pistas Oclusais e
de grampos de retenção. Possui alguns diferenciais com os
aparelhos até aqui usados em DTM principalmente por poder ser usada
como meio para fisioterapia e condicionamento muscular, procedimentos
que a cada dia se mostram mais úteis no tratamento das DTMs. Tal
recurso permite a aplicação de exercícios para recuperação
de atrofias dos músculos mastigadores, o que vem a ser uma das
mais nefastas conseqüências dos episódios repetidos
de dor muscular (melhor explicado no seguir deste texto). Tal recurso
é particularmente útil na patologia muscular conhecida como
“Mioespasmo” (Trismo ou câimbra), que ocorrem após
episódios de hiperfunção mastigatória onde,
tal qual fazem os atletas para evitar as câimbras, preparam os músculos
para a função aumentada através de exercícios
de fortalecimento muscular. Permite ainda que apliquemos à musculatura
mastigatória o “Princípio da Inibição
Recíproca” (A contração forçada de músculos
agonistas causa relaxamento reflexo de músculo antagonista). |
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Vista da relação entre as pistas |
Vista da pista superior |
Vista da pista inferior |
A adição das Pistas Oclusais tem as seguintes funções: - Manter os músculos na posição de repouso ou Dimensão Vertical de Repouso Muscular e em Relação Cêntrica. - Guiar os movimentos bordejantes da mandíbula, eliminando ou minimizando desvios. Estes desvios serão eliminados na maioria das vezes, mesmo nos casos de Deslocamento do Disco Sem redução, alguns Desvios de Forma etc. Não conseguiremos eliminá-los nos casos de Anquilose, Impedância do Processo Coronóide, Adesões, Fibrose Capsular, Contratura Miofibrótica, Desordens de Crescimento e Desenvolvimento e Edemas das Estruturas capsulares - Se montadas criando ângulos predeterminados com o Plano Oclusal, criará modificação não compulsória da posição de fechamento mandibular, modificando a relação côndilo/fossa, como por exemplo, projetar a mandíbula, deixando-a em uma posição mais estável para os côndilos e relaxante para os músculos. Cabem aqui considerações a respeito desta manobra que vários autores preconizam e que é conhecida pela Ortopedia Maxilar como “Mordida Construtiva” e vem por esta Ciência sendo usada para a correção dos problemas ortopédicos a mais de 100 anos com poucos relatos de Contratura Miostática tendo sido esta observada apenas nos Pacientes que por algum motivo pessoal, como por exemplo, trauma psicológico por sua condição estética, usam o aparelho ortopédico por praticamente 24hs. por dia, mas que, como toda a Contratura desta natureza, é indolor e de resolução simples. -
Deixar livres de quaisquer guias os movimentos mandibulares. Tal como
ocorre com a - Aolume que esteja causando incômodos ao Paciente, comuns no Deslocamento do Disco sem Redução. Manobra a ser feita com muita atenção, para evitar a perfuração Disco Articular. -
A principal diferenciação das Placas V.A é que estas
podem ser usadas como instrumento para exercícios fisioterápicos
pois permitem que prescrevamos exercícios de movimento, que graças
a Graduação de Esforço de Movimentação
Muscular nos possibilita aplicar o “ Princípio de Inibição
Recíproca”: -
Reduzem, como muitos dos aparatos utilizados nesta área, a sobrecarga
articular e, montagem das pistas levando a mandíbula ao fechamento em posição mais anterior e que por acontecer sem “obrigar” ao fechamento na nova posição, portanto de forma suave e assim “Progressiva”, pode ser usada na diminuição de “Clique” de alto v |
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GRADUAÇÃO DE ESFORÇO PARA MOVIMENTAÇÃO MUSCULAR: (Seu
uso deve ser precedido dos exercícios, se necessários, de
alongamento passivo e do controle da dor, a critério do profissional). |
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Sugestão para aplicação de exercícios fisioterápicos - cinesioterápicos: Começaremos
esta graduação com o mínimo esforço que
o atrito das pistas já oferece normalmente, prescrevemos exercícios
de rotação mandibular na freqüência de duas
vezes ao dia, uma ao deitar e outra ao despertar aonde o Paciente fará
duas seções de 20 rotações à direita
e 20 à esquerda. O exercício seguinte será o de
abertura e fechamento efetuado também 20 vezes com o uso do elástico
3/8 suave, que deverá ser trocado dia sim, dia não
É ilustrativo lembrar que a Placa VA pode ser usada no tratamento de várias atrofias ósseas e musculares, hipoplasias etc. e pode também receber quase todos os recursos aplicáveis aos aparelhos Ortopédicos para os Maxilares, tornando-se ativa na resolução da maloclusão. |
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Vista lateral do aparelho com elásticos posicionados para exercício para abertura com um só elástico, podemos usar vários em cada lado do aparelho |
Vista Posição do elástico para exercícios leves de abertura |
Vista Posição do elástico para exercício de protusão |
Vista Exercício de lateralidade, lado de equilíbrio |
Vista Exercício de lateralidade, lado de trabalho |
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Diferenciais entre as Placas V.A e as outras placas usualmente utilizadas: - Graduação da Dimensão Vertical- Por usar pistas oclusais, podemos graduar a dimensão vertical atingida pelo paciente com as placas em posição, e podemos a qualquer momento, aumentá-la ou diminui-la conforme alcançarmos ou não nosso objetivo. Cabe aqui sugestão de como melhor utilizarmos este recurso. Ao montarmos as Placas V.A para paciente que não seja Bruxômano, deveremos montar as placas dando um espaço entre as oclusais de uma distância entre 3 e 4mm pois corresponde ao Espaço Interoclusal de Repouso referido amplamente na literatura, o que garantirá à musculatura se estabilizar na Dimensão Oclusal de Repouso muscular peremptoriamente. Cabe aqui considerar que o local mais adequado para se efetuar esta medição é o chamado “Centro Masticale” (Bimler) pois é a única região do plano oclusal que não sofre alterações em caso de curvaturas oclusais (Spee e Wilson) alteradas, o que é muito comum nas maloclusões de Classe II e III e em caso de perdas de dentes posteriores. - Se desejarmos uma manobra mais precisa, podemos medir em nosso paciente qual a sua Dimensão Vertical de Repouso individual e então montar a placa nesta dimensão. Porem, se nosso cliente é um Bruxômano, devemos montá-lo com uma dimensão de 5 ou 6mm, pois este aumento da Dimensão Vertical, segundo diversas pesquisas, divulgadas por diversos autores, tende a eliminar o Bruxismo. Se a dimensão em que foi montada a placa ainda for insuficiente para eliminar o Bruxismo, podemos recortar em acrílico uma nova pista e adiciona-la à placa, elevando assim mais um pouco a Dimensão Vertical. É importante também relatar que com adendos (pistas de acrílico recortadas e confeccionadas em espessura predeterminada) podemos a qualquer momento e de maneira muito fácil, aumentar a dimensão vertical obtida com o aparelho ou diminuí-la, retirando-a -
Pequenas Movimentações Dentárias- A Placa V.A.
é um instrumento que permite pequenos movimentos dentários
que utilizaremos quando for necessário ou importante para o caso.
Podemos, por exemplo, regularizar um molar que esteja na maloclusão
conhecida como “Degrau Oclusal”, acrescentando a cada atendimento
do nosso cliente em sua placa uma gota de acrílico na oclusal
da placa na região correspondente àquele dente na região
do degrau. - Possibilidade de intervenção em maloclusões- As maloclusões mais significativas para a DTM (segundo Okeson, mordida aberta, mordida coberta (+ 4mm), desvios para alcance de OC de 2mm ou mais) podem ser minimizadas e até extintas com a correta manipulação da placa V.A. - Estabilidade de Posicionamento Dentário- As Placas V.A por sua peculiar montagem encapsulando “Todos” os dentes, inclusive os anteriores, impede extrusões dentárias, mesializações ou distalizações dentárias e principalmente as desagradáveis vestibularizações dos Incisivos, tão comuns e desagradáveis à estética do nosso paciente, que em geral, muito reclama quando isto acontece. Devemos sobre isto considerar que o uso da placa pelo portador de DTM pode ser algo para tempo suficiente para que estes e outros inconvenientes, corram como por exemplo, retrações gengivais. - Desprogramação Oclusal- As placas V.A possuem capacidade ímpar de Desprogramação Oclusal, o que segundo autores diversos como W.E. Bell e J.P.Okeson induz um substancial efeito benéfico no desconforto das desordens temporomandibulares diversas. - Os exercícios fisioterápicos de movimentos contra-resistência feitos à noite, imediatamente antes do deitar, concorrem à rápida diminuição ou extinção das dores musculares, o que proporciona ao paciente melhor qualidade de sono. contribuindo assim à maior resistência ao estresse. além disto, diversos estudos ligam alguns tipos de dores da DTM à má qualidade do sono. -
Maior rapidez na instituição do “Molde Cortical”-
A instituição de um limite de cerebral a amplitude de
movimento é importante para o controle de diversas patologias
como, por exemplo o “Deslocamento Espontâneo Condilar”
e se faz mais rapidamente com exercícios Contra Resistência.
Podemos também neste caso utilizar um “ Limitador de Movimentos”,
que pode ser construído da seguinte maneira: 3º- Num colchete pré-fabricado, destes usados na confecção de roupas, amarramos o fio de naylon em uma das extremidades. Medimos novamente o fio e verificamos o que falta para atingir a medida que desejamos instituir ao movimento, medimos o colchete e a diminuímos sua medida do comprimento do fio, medimos o colchete do ponto onde o fio vai ser amarrado e sua ponta ativa, diminuímos desta medida à que corresponde ao que foi perdido do comprimento desejado após ter sido amarrado o primeiro colchete e a diminuímos do comprimento do colchete e cortamos a diferença entre eles do fio, e então amarramos o colchete nesta ponta. Repetimos para confeccionarmos outro fio limitador de movimento para ser usado do lado oposto (para, por exemplo abertura bucal) e após mostrarmos ao cliente como prender os limitadores na placa, prescrevemos exercícios com o aparelho e limitador em posição, na freqüência que acharmos necessária. Estes exercícios podem ser feitos com elásticos oferecendo contra-resistência, o que pode favorecer a instituição do Molde Cortical pretendido. Desvantagens: -
As Placas V.A. tem como desvantagem o maior gasto de tempo para sua
confecção e a Conclusão: - As placas V.A inauguram um novo segmento de possibilidades de tratamento das DTMs: A aplicação de recursos da Fisioterapia, para se alcançar relaxamento muscular, instituição de Molde Cortical com maior eficiência e rapidez e contribuição para uma melhor qualidade de sono alcançada rapidamente pelo paciente. O que os autores mais modernos revelam ser de grande importância para se conseguir o controle dos sintomas desta síndrome de caráter tão renitente ao tratamento e que tanto desconforto traz aos seus portadores. |